O Tecer Mundo foi criado para ser pessoal, mas naturalmente se transformou em um espaço com uma função coletiva: mostrar que é possível tomar atitudes mais "verdes" todos os dias. O desafio, emprestado de um outro blog, é tentar colocar em prática a cada dia, ações sustentáveis. Coisas que muitas vezes ficam só no pensamento ou no discurso.
É o velho e bom "faça sua parte". Sejam bem vindos!
*criado em junho/2010
31.5.14
*99º - Low poo/No poo e freedom!
Já tem um tempo que eu venho compartilhando informações sobre essa prática.
O "no-poo/low-poo" é uma prática que elimina ou reduz o uso de shampoos para os cabelos. foi adotado por meninas com cabelos cacheados e ondulados como forma de hidratação. Pura e simplesmente por questões estéticas.
Mas, a gente cá, ficou ligadx que era uma forma de substituir shampoos e condicionares (cheirosíssimos, é verdade) bombardeados de parabenos e cocamida DEA, que são componentes químicos nocivos à saúde e ao meio ambiente.
Algumas amigas experimentaram antes. Eu segurei a onda. Esperei meus shampoos acabarem (até porque a ideia aqui está longe de qualquer desperdício) e fiz testes.
Comecei só no vinagre, puro. #fail
O cabelo ficou lindo no primeiro dia, mas no segundo dava pra fritar um ovo!
Diluí o vinagre em um copo d'água (filtrada). #fail
Ainda assim, pra quem tem o cabelo misto e fininho como o meu, não rolou.
Fiz uma solução de bicarbonato de sódio diluído em um copo de água (também filtrada) e usei como primeira solução/shampoo. E o vinagre de maçã diluído, como condicionador.
Aí sim o negócio rolou. A raiz ficou limpinha e o cabelo reluzindo.
E não. Não fica cheiro nenhum, de nada. A não ser o seu cheiro natural.
Aí fica com você. Dá pra diminuir o uso do shampoo ao invés de substituir de vez.
Cabelo limpo, lindo e consciência limpa.
Receita:
Shampoo:
-1 copo americano de água (filtrada);
- 1 col. de sopa de bicarbonato de sódio
Misture bem e coloque num pote de shampoo vazio (recicla, né?). Isso facilita a aplicação.
Massageie por uns dois minutos (não, não faz espuma). Enxágue bem.
Condicionador:
- 1 copo americano de água (filtrada);
- 1 col. de sopa de vinagre de fruta
Misture e despeje num outro pote vazio de shampoo, condicionador, hidratante...
Massageie, principalmente do meio pras pontas, e enxágue bem.
E bejotchau.
*É importante atentar para as dosagens e se puder, consultar um dermatologista antes de começar.
29.5.14
*98º - Faça você mesmo: Chá Gelado
Mas, aí você vai na prateleira do supermercado e dá de cara com embalagens, rótulos, um bocado de conservantes e outros que sabe lá o que são, açúcar, excesso de CO2 liberado em todo o processo e o preço!
Porque não, então, apelar pro bom e velho mate (eu confesso que comprei um já saborizado com pêssego, até porque nem é época da fruta), e colocar na geladeira!?
É isso! É ridículo assim! Prepara o chá e gela! o.O
Com isso você poupa algumas coisas. Inclusive grana.
Uma caixinha desse chá custa em média R$3,00. Vem 25 saquinhos. Para cada 1,5 de água, você usa 4 sachês. Faz as contas!
E ainda não fica com aquela garrafa PET perdida pela casa sem saber onde jogar.
_ Faça um chá concentrado
_Deixe em infusão alguns minutinhos
_Coloque na jarra e dê um choque térmico com bastante gelo
_Coloque açúcar (mascavo) se preferir mais docinho
_E pra dar um azedinho e um charme, coloque rodelas de limão siciliano para servir
18.5.14
*97º - Fazendo compras no supermercado
Algumas vezes é inevitável, quando a gente vive na cidade. O papel higiênico, o vinagre usado na limpeza/banho/esterilização de alimentos, entre outras coisas que enfim, cabem a você.
O lance é: é possível fazer compras em supermercados de forma consciente?
É sim. Você precisa de um pouco de paciência e calma pra fazer suas compras sem se deixar levar por todas aquelas embalagens lindas, coloridas, os apelos dos "leve 2, pague 1" e os milhões de estratégias publicitárias pra pegar a gente pelo impulso.
Esse é mais ou menos o meu raciocínio quando preciso ir no super:
- Dica Importante: Não faça compras com fome! Parece engraçado mas, é real. A gente fica mais apressado pra terminar logo e acaba cedendo ao impulso que a fome dá. Vá alimentadinhx e dispostx!
- Organize suas compras pra ir uma ou duas vezes no mês ao supermercado.
- Combine com amigxs, vizinhxs, familiares e façam compras juntxs. Além de evitar o excesso de CO2 liberado, você faz compras com companhia e pode inclusive dividir algumas coisas que venham em quantidade que você sozinhx não dá conta!
- Faça a lista do que é essencial (e tente segui-la à risca). Vai ajudar a evitar os excessos.
- Pense bem no que você pode fazer em casa ao invés de comprar pronto. O pão? Precisa ser o da embalagem colorida? Será que não rola o feito na padaria da esquina ou mesmo em casa? O bolo? Não é mais gostoso encomendar um daquela vizinha que faz bolos deliciosos? Sucos de caixinha? Com um maracujá você faz um sucão! Os biscoitos, doces, entre outras coisas podem ser substituídos por doces caseiros, sequilhos artesanais, etc. Mudar o paladar também faz parte do processo.
- Perceba bem a quantidade das coisas que você compra para evitar desperdícios.
- Prefira os "atacadões" da vida. Coisas como azeite de oliva, óleos, o próprio vinagre, entre outras coisas podem ser compradas em galões. O que evita o consumo excessivo de embalagens, por exemplo e que você tenha que voltar ao super tão cedo.
- Leia rótulos. Veja a lista de ingredientes e compostos químicos de tudo. Localize a origem (prefira produtos nacionais ou mesmo produzidos em sua região). Enquanto você faz isso, você tem tempo pra repensar como substituir.
- Procure refis. Eles são produzidos com redução de embalagem, rotulação, etc.
- Deixe para comprar verduras, frutas, hortaliças na feira do bairro, nas cooperativas de produtores orgânicos, locais, na vendinha da rua. Você se aproxima mais da relação produtor x consumidor.
- Evite comprar coisas que venham em embalagens não recicláveis: bandejinhas de isopor, copinhos plásticos, potinhos de papel...Prefira as embalagens que você saiba como reaproveitar depois. Assim você reduz a quantidade de lixo produzido e não fica no desespero de saber como e onde levar!
- Ah! Não use a falta de tempo ou o fato de ter filhx pequenx pra comprar um bocado de porcaria. Assuma sua parada...mas, fazer uma forcinha, se adaptar, não vai fazer a melhor a ninguém ao não ser que você mesmx!
E boas compras!
O lance é: é possível fazer compras em supermercados de forma consciente?
É sim. Você precisa de um pouco de paciência e calma pra fazer suas compras sem se deixar levar por todas aquelas embalagens lindas, coloridas, os apelos dos "leve 2, pague 1" e os milhões de estratégias publicitárias pra pegar a gente pelo impulso.
Esse é mais ou menos o meu raciocínio quando preciso ir no super:
- Dica Importante: Não faça compras com fome! Parece engraçado mas, é real. A gente fica mais apressado pra terminar logo e acaba cedendo ao impulso que a fome dá. Vá alimentadinhx e dispostx!
- Organize suas compras pra ir uma ou duas vezes no mês ao supermercado.
- Combine com amigxs, vizinhxs, familiares e façam compras juntxs. Além de evitar o excesso de CO2 liberado, você faz compras com companhia e pode inclusive dividir algumas coisas que venham em quantidade que você sozinhx não dá conta!
- Faça a lista do que é essencial (e tente segui-la à risca). Vai ajudar a evitar os excessos.
- Pense bem no que você pode fazer em casa ao invés de comprar pronto. O pão? Precisa ser o da embalagem colorida? Será que não rola o feito na padaria da esquina ou mesmo em casa? O bolo? Não é mais gostoso encomendar um daquela vizinha que faz bolos deliciosos? Sucos de caixinha? Com um maracujá você faz um sucão! Os biscoitos, doces, entre outras coisas podem ser substituídos por doces caseiros, sequilhos artesanais, etc. Mudar o paladar também faz parte do processo.
- Perceba bem a quantidade das coisas que você compra para evitar desperdícios.
- Prefira os "atacadões" da vida. Coisas como azeite de oliva, óleos, o próprio vinagre, entre outras coisas podem ser compradas em galões. O que evita o consumo excessivo de embalagens, por exemplo e que você tenha que voltar ao super tão cedo.
- Leia rótulos. Veja a lista de ingredientes e compostos químicos de tudo. Localize a origem (prefira produtos nacionais ou mesmo produzidos em sua região). Enquanto você faz isso, você tem tempo pra repensar como substituir.
- Procure refis. Eles são produzidos com redução de embalagem, rotulação, etc.
- Deixe para comprar verduras, frutas, hortaliças na feira do bairro, nas cooperativas de produtores orgânicos, locais, na vendinha da rua. Você se aproxima mais da relação produtor x consumidor.
- Evite comprar coisas que venham em embalagens não recicláveis: bandejinhas de isopor, copinhos plásticos, potinhos de papel...Prefira as embalagens que você saiba como reaproveitar depois. Assim você reduz a quantidade de lixo produzido e não fica no desespero de saber como e onde levar!
- Ah! Não use a falta de tempo ou o fato de ter filhx pequenx pra comprar um bocado de porcaria. Assuma sua parada...mas, fazer uma forcinha, se adaptar, não vai fazer a melhor a ninguém ao não ser que você mesmx!
E boas compras!
5.5.14
uma pausa
presentinho piada-pronta, porque saber rir também faz muito bem
Engraçado que desde que fiz algumas pequenas mudanças na minha vida, tenho entrado no grupo dos "naturebas". Ouvindo aquelas piadinhas todas e discussões descabidas sobre vegetarianismo, veganismo e "as pobres alfaces?".
Eu costumo levar na brincadeira e sorrir a cada uma dessas incertas. Mas, na verdade eu nem mesmo me encaixo nesse barco.
Não sou vegetariana de fato, só pra começo de conversa. Cortei as carnes da minha rotina mas, fiquei com os peixes e frutos do mar (nascida e criada em beira de praia!). Cortei o leite da minha dieta mas, fiquei com os queijos, manteiga e outros derivados.
A questão aqui tem dois pontos primordiais: a falta de grana e o redução de consumo de produtos industrializados. E não por só uma mas, por um conjunto de outras razões.
A saúde, a crueldade da indústria com os animais, com a terra, o excesso de poluentes e de ingredientes nocivos a nossa saúde, a compensação de algumas outras atitudes e vícios nada sustentáveis (...), a exploração da mão de obra humana, os superfaturamentos, o excesso de impostos, o enriquecimento dos empresários às nossas custas, fornecendo alimentos de baixa qualidade...e muito mais nesse ciclo!
Acabei namorando muito a culinária vegana para aprender a usar alimentos em sua forma natural, integral, evitar o desperdício e entender que a alimentação orgânica também não é só a libertação dos agrotóxicos mas, toda uma rede de consumo consciente, agricultura familiar que se fortalece. Além do mais, a feira que eu faço hoje é infinitamente mais econômica e farta do que as compras em supermercados.
Ainda assim, se chego na casa de alguém que me oferece a galinha ou o ovo que acabou se pegar no quintal, não me faço de rogada.
O alimento tem muitos outros valores envolvidos. Desde de sua origem até o preparo, são etapas que envolvem o trato, a dedicação, o cuidado, a gentileza de compartilhar. Não é só matar a fome não.
Espero que isso esclareça aos piadistas de plantão que a piada aqui não cola...sorry!
Enfim, é só um desabafo de quem escolheu não escolher um time mas, olhar de forma diferente o que me cerca.
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